A relação entre qualidade de vida urbana e valorização imobiliária, conforme Fernando Bruno Crestani, tem ganhado novos contornos com o crescimento de áreas que investem em infraestrutura cicloviária e espaços verdes. Observa-se que o mercado passou a reconhecer o valor agregado que iniciativas de mobilidade ativa e natureza integrada oferecem aos empreendimentos e à cidade como um todo.
A preferência por bairros mais sustentáveis
Nos últimos anos, houve uma mudança perceptível no comportamento dos compradores de imóveis. Famílias, jovens profissionais e até investidores têm priorizado regiões que oferecem ciclovias bem estruturadas, áreas de lazer arborizadas, calçadas acessíveis e proximidade com parques ou praças.
De acordo com Fernando Bruno Crestani, essa preferência reflete uma busca por mais saúde, mobilidade autônoma e bem-estar — benefícios que se tornaram especialmente evidentes após a pandemia, quando o contato com a natureza e a possibilidade de circular a pé ou de bicicleta ganharam protagonismo.
Ciclovias como fator de valorização urbana
Infraestruturas cicloviárias bem planejadas não apenas incentivam o uso da bicicleta como meio de transporte, mas também redesenham a forma como bairros se desenvolvem. A presença de ciclovias seguras e integradas a corredores verdes eleva a atratividade da região, promove o comércio local e estimula a ocupação qualificada do espaço público.
Conforme aponta Fernando Bruno Crestani, esse tipo de investimento urbano tende a gerar um círculo virtuoso de valorização: mais pessoas se interessam em viver nesses locais, o fluxo de pedestres e ciclistas aumenta, novos negócios surgem, e os imóveis se tornam mais desejados — com impacto direto nos preços de venda e aluguel.
Espaços verdes e qualidade de vida
A vegetação urbana tem papel central na saúde ambiental e emocional das cidades. Árvores, parques e jardins promovem sombra, reduzem a temperatura, melhoram a qualidade do ar e criam ambientes mais silenciosos e agradáveis. Além disso, impactam positivamente a saúde mental e física dos moradores.
Segundo Fernando Bruno Crestani, áreas com boa cobertura vegetal não apenas atraem compradores mais exigentes, como também apresentam menor rotatividade de moradores. O resultado é um mercado mais estável, com imóveis que se destacam pelo conforto ambiental e pela longevidade do investimento.

Impacto na mobilidade urbana e na economia local
A combinação de ciclovias e áreas verdes também contribui para uma mobilidade mais eficiente, com menos dependência de veículos motorizados. Isso reduz congestionamentos e amplia o acesso a diferentes pontos da cidade sem o uso de carro, o que tem implicações diretas sobre o planejamento urbano e os padrões de deslocamento.
Além disso, o comércio de rua tende a se beneficiar desse cenário. Conforme frisa Fernando Bruno Crestani, ruas mais vivas e convidativas atraem pequenos negócios, como cafeterias, mercados locais, serviços de conveniência e espaços de convivência, o que amplia a vitalidade dos bairros e reforça a valorização dos imóveis ali localizados.
Um diferencial que se tornou prioridade
Em vez de um diferencial de projeto, a presença de infraestrutura cicloviária e verde se tornou uma exigência em novos empreendimentos e na requalificação de bairros urbanos. Incorporadoras atentas às tendências têm desenvolvido projetos integrados ao contexto urbano, com foco em sustentabilidade, acessibilidade e conexão com a natureza.
Essa mudança de perspectiva representa uma oportunidade não apenas para o setor imobiliário, mas para o planejamento urbano como um todo. Investir em cidades mais verdes, seguras para ciclistas e orientadas ao pedestre é investir em um modelo de desenvolvimento mais equilibrado, que atende às demandas da população contemporânea e amplia o potencial de retorno sobre os investimentos.
Conclusão
A valorização de imóveis em áreas com infraestrutura cicloviária e verde é resultado de uma transformação no modo como vivemos e nos deslocamos nas cidades. Em um cenário cada vez mais orientado por qualidade de vida, saúde e sustentabilidade, esses fatores deixaram de ser secundários para se tornarem centrais na decisão de compra.
Como destaca Fernando Bruno Crestani, o futuro da valorização imobiliária passa pelo entendimento de que bem-estar urbano, mobilidade ativa e integração com a natureza são elementos indissociáveis do sucesso de um projeto — tanto para quem investe quanto para quem escolhe viver nele.
Autor: Dianne Avery